quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Parabéns, Manoel de Oliveira...

Manoel de Oliveira, o cineasta português, faz hoje 100 anos e é o realizador mais velho do mundo ainda no activo. Num vasto currículo constam filmes como «Aniki-Bóbó», a primeira longa-metragem que fez, em 1942. A última é, para já, «Cristóvão Colômbo, o Enigma» de 2007.

Manuel de Oliveira nasceu no Porto no dia 11 de Dezembro de 1908. Estudou no Colégio Universal no Porto e no Colégio de Jesuítas perto de La Guardia, na Galiza. A sua juventude foi dedicada ao desporto. Foi no atletismo que conseguiu brilhar, os bons resultados não foram o suficiente para travar a sua paixão pelo automobilismo e pela vida boémia. Aos 20 anos ingressou na escola de actores de cinema e participou como figurante no filme «Fátima Milagrosa», de Rino Lupo. Como actor participou no segundo filme sonoro português, «A Canção de Lisboa». Só mais tarde, em 1942, se aventuraria na ficção como realizador. «Aniki-Bóbo» foi o primeiro grande filme, um retrato da infância no cru ambiente neo-realista da Ribeira do Porto.

Ao longo da sua carreira como cineasta realizou inúmeras curtas e longas metragens. Sobre os seus filmes disse sempre que só os cria pelo gozo de os fazer, apesar dos vários prémios e galardões em festivais como Cannes, Veneza, Montreal entre tantos outros.

No dia em que comemora 100 anos, a descrição mantém-se e vai passar o dia em gravações. Está a rodar o filme «Singularidades de uma Rapariga Loura» que deverá estrear no Festival de Cinema de Berlim. Aos 100 anos Manuel de Oliveira apresenta mais um projecto. Em Fevereiro espera rodar o filme o «Estranho caso de Angélica».

2 comentários:

Margarida Portugal disse...

100 anos é obra. E no activo é ainda mais edifício!
Acho que foi ele que disse que “morrer é deixar de trabalhar”.
Sonho que um dia haverá trabalho para todos
e que cada um trabalhará não tanto pelo salário do final do mês
mas pela vida que gera com o seu trabalho.

Francisco disse...

Não gosto da obra. Tem uma obra de génio Aniki bobo o resto não me convece