sábado, 25 de outubro de 2008

Homenagem aos que partem...

Ontem, 24 de Outubro de 2008, participei num jantar de homenagem a um grupo de professores que se reformou. Nesta homenagem, mais do que merecida por quem deu grande parte da sua vida à causa da educação, juntaram-se várias dezenas de pessoas (maioritariamente professores).

No discurso dos homenageados, transpareceram dois sentimentos: o de alegria, em consequência da sensação de uma nobre missão cumprida, e o de tristeza, provocada pela crescente desconsideração pelos professores por parte da tutela e por grande parte da sociedade.

Estes professores partem, mas ficam... ficam na memória de todos aqueles que com eles se cruzaram e que com eles conviveram e aprenderam bem mais do que aquilo que os manuais ensinam: o significado de ser pessoa.

"O poeta e o músico tiveram o seu nome escrito na História, mas ninguém recorda quem foram os seus mestres. No entanto, há uma beleza imensa nesse passar despercebido, nesse ter rasgado as mãos ao trabalhar nos escuros alicerces de um mundo melhor. Uma beleza que só é apreciada pelas grandes sensibilidades, como são as daquelas pessoas que se dedicaram de corpo e alma à educação".

Para estes e para todos os outros professores, os que ainda estão no activo e os que já partiram, em particular os que infortunadamente não tiveram direito a uma mais do que justa homenagem, o meu Muito Obrigado por existirem.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Amizade

"Não sei se, com excepção da sabedoria, os deuses imortais ofereceram ao homem alguma coisa melhor que a amizade." (Cícero)
Em momentos de fragilidade física e/ou psíquica, os gestos de amizade têm um significado muito especial. É a prova irrefutável de que as relações entre pessoas que se cruzam na mesma casa ou no mesmo local de trabalho são bem mais do que um mero convívio. Foi o que me aconteceu e o que senti na passada terça-feira: uma onda de amizade por parte de pessoas com quem trabalho há anos e que mais uma vez me envolveram com um manto de carinho que ajudou (e de que maneira) a superar uma dor física passageira. Não precisava que mo provassem... já o sabia. Mas sabe sempre bem confirmarmos aquilo que para nós é bom.
Para esses meus amigos (os quais não nomeio aqui por um profundo receio de me esquecer de algum nome, o que seria imperdoável), o meu MUITO OBRIGADO.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Um minuto de pobreza...

A pedido do meu colega e amigo Francisco Cavaco, publico aqui um trabalho realizado por um grupo de alunas da turma A do oitavo ano da EB23 D. Fernando II, elaborado em Área de Projecto. Parabéns.
É bom reflectir... mas que tal agir?

sábado, 18 de outubro de 2008

Adiemus

Ainda é possível sonhar?

Sonhar...

Sonhar é preciso

Sonhar é sair pela janela da liberdade,
é vaguear pelos caminhos
proibidos ou não.
É, sem ter um rumo qualquer,
ter um alvo a perseguir:
a felicidade.

Sonhar é não limitar-se a limites
sejam eles quais forem,
impostos ou não.
É fazer do impossível o possível
quando e como quiser o coração.

Sonhar é viver o passado no futuro
e o futuro no presente.
É ter o se quer
e afastar o que não se deseja
É despertar dentro de si
aquele ser criança.
É almejar a vida...

Pra sonhar não é preciso
ter passado, nem presente,
nem cultura, nem riquezas...
Pra sonhar não precisa fazer parte
de uma classe social
de uma faixa etária
ou de qualquer coisa que separe
um ser humano do seu semelhante
É preciso apenas ter esperança
pois sem esperança ninguém vive
e sonhar é viver...

Sonhar não é direcionar os pensamentos
ao que pode ser real
Mas sim tornar real,
mesmo que apenas na mente,
o possível e o impossível,
o real e o abstrato
o tudo e o nada
Num tempo e num lugar
a serem definidos
ao belprazer de quem sonha...

Sonhar é dar a própria vida
a um sentimento de bem-estar
e, sem restrições,
entregar ao coração as rédeas da razão
É viver com quem se ama
sentindo-se amado.
Sonhar é sair...
É vaguear...
É não ter rumo.
É ter um alvo.
É não limitar-se.
É fazer...
É sentir...
É amar...
É ser amado...
É ter esperança...
É viver!

Sonhar é preciso!


Telmo
Sampa, 27/04/99.