Ontem, 24 de Outubro de 2008, participei num jantar de homenagem a um grupo de professores que se reformou. Nesta homenagem, mais do que merecida por quem deu grande parte da sua vida à causa da educação, juntaram-se várias dezenas de pessoas (maioritariamente professores).No discurso dos homenageados, transpareceram dois sentimentos: o de alegria, em consequência da sensação de uma nobre missão cumprida, e o de tristeza, provocada pela crescente desconsideração pelos professores por parte da tutela e por grande parte da sociedade.
Estes professores partem, mas ficam... ficam na memória de todos aqueles que com eles se cruzaram e que com eles conviveram e aprenderam bem mais do que aquilo que os manuais ensinam: o significado de ser pessoa.
"O poeta e o músico tiveram o seu nome escrito na História, mas ninguém recorda quem foram os seus mestres. No entanto, há uma beleza imensa nesse passar despercebido, nesse ter rasgado as mãos ao trabalhar nos escuros alicerces de um mundo melhor. Uma beleza que só é apreciada pelas grandes sensibilidades, como são as daquelas pessoas que se dedicaram de corpo e alma à educação".
Para estes e para todos os outros professores, os que ainda estão no activo e os que já partiram, em particular os que infortunadamente não tiveram direito a uma mais do que justa homenagem, o meu Muito Obrigado por existirem.
Em momentos de fragilidade física e/ou psíquica, os gestos de amizade têm um significado muito especial. É a prova irrefutável de que as relações entre pessoas que se cruzam na mesma casa ou no mesmo local de trabalho são bem mais do que um mero convívio. Foi o que me aconteceu e o que senti na passada terça-feira: uma onda de amizade por parte de pessoas com quem trabalho há anos e que mais uma vez me envolveram com um manto de carinho que ajudou (e de que maneira) a superar uma dor física passageira. Não precisava que mo provassem... já o sabia. Mas sabe sempre bem confirmarmos aquilo que para nós é bom.