sexta-feira, 29 de maio de 2009

Ser professor...

Recebi uma mensagem que apontava para este vídeo. Vi e revi-me nele. Foi com um orgulho enorme que vi este testemunho...

Numa outra mensagem , intitulada "Os portugueses confiam nos professores", vinha o seguinte texto:
"A sondagem da Visão revela que os Portugueses confiam nos professores e arrasam os políticos e outros intrometidos. Os portugueses consideram a Educação essencial para ter melhores salários, culpam os alunos e os governantes pelo insucesso do sistema e gostariam de estudar mais."
Fonte: Visão (28-05-2009).
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Por tudo isto isso, e por muito mais ainda, vou estar presente na manifestação do dia 30 de Maio. Com sacrifício pessoal e profissional, mas não consigo deixar de ir. Porque acredito naquilo que defendo(emos), porque me recuso a ceder à resignação...
Parafraseando o testemunho de uma colega, no seu blogue, "Não é a luta - decidida e decisiva - que queria. A manifestação do próximo dia 30 não terá implicações práticas diferentes das anteriores. A 31 de Maio, a ME não será demitida, o governo não cairá, o PR não fará uma comunicação ao país. Só que eu, afinal, não poderei deixar de estar lá. Pelos afectos é que vou. E.. a 30 de Maio, de novo, 'aconteceremos' em Lisboa..."

Um abraço forte para todos.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Aplicadores

Recebi hoje, por e-mail, uma mensagem com o seguinte título: "António Barreto leu o fundo interior da minha alma". Li o artigo do António Barreto, publicado no jornal "Público" do dia 24 de Maio de 2009, e compreendi perfeitamente o sentido do título. Deixo aqui transcrito o referido artigo.
Um abraço e uma excelente semana.
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"A PUBLICAÇÃO, pelo Ministério da Educação, do “Manual de Aplicadores” não passou despercebida. Vários comentadores se referiram já a essa tão insigne peça de gestão escolar e de fino sentido pedagógico. Trata-se de um compêndio de regras que os professores devem aplicar nas salas onde se desenrolam as provas de aferição de Português e Matemática. Mais preciso e pormenorizado do que o manual de instruções de uma máquina de lavar a roupa. Mais rígidos do que o regimento de disciplina militar, estes manuais não são novidade. Podem consultar-se os dos últimos quatro anos. São essencialmente iguais e revelam a mesma paranóia controladora: a pretensão de regulamentar minuciosamente o que se diz e faz na sala durante as provas.ALGUNS exemplos denotam a qualidade deste manual: “Não procure decorar as instruções ou interpretá-las, mas antes lê-las exactamente como lhe são apresentadas ao longo deste Manual”. “Continue a leitura em voz alta: Passo agora a ler os cuidados a terem ao longo da prova. (...) Estou a ser claro(a)? Querem fazer alguma pergunta?”. “Leia em voz alta: Agora vou distribuir as provas. Deixem as provas com as capas para baixo, até que eu diga que as voltem”. “Leia em voz alta: A primeira parte da prova termina quando encontrarem uma página a dizer PÁRA AQUI! Quando chegarem a esta página, não podem voltar a folha; durante a segunda parte, não podem responder a perguntas a que não responderam na primeira parte. Querem perguntar alguma coisa? Fui claro(a)?”. Além destas preciosas recomendações, há dezenas de observações repetidas sobre os apara-lápis, as canetas, o papel de rascunho, as janelas e as portas da sala. Tal como um GPS (“Saia na saída”), o Manual do Aplicador não esquece de recomendar ao professor que leia em voz alta: “Escrevam o vosso nome no espaço dedicado ao nome”. Finalmente: “Mande sair os alunos, lendo em voz alta: Podem sair. Obrigado(a) pela vossa colaboração”!
A LEITURA destes manuais não deixa espaço para muitas conclusões. Talvez só duas. A primeira: os professores são atrasados mentais e incompetentes. Por isso deve o esclarecido ministério prever todos os passos, escrever o guião do que se diz, reduzir a zero quaisquer iniciativas dos professores, normalizar os procedimentos e evitar que profissionais tão incapazes tenham ideias. A segunda: a linha geral do ministério, a sua política e a sua estratégia estão inteiras e explícitas nestes manuais. Trata os professores como se fossem imaturos e aldrabões. Pretende reduzi-los a agentes automáticos. Não admite a autonomia. Abomina a iniciativa e a responsabilidade. Cria um clima de suspeição. Obriga os professores a comportarem-se como “robots”.A ser verdadeira a primeira hipótese, não se percebe por que razão aquelas pessoas são professores. Deveriam exercer outras profissões. Mesmo com cinco, dez ou vinte anos de experiência, estes professores são pessoas de baixa moral, de reduzidas capacidades intelectuais e de nula aptidão profissional. O ministério, que os contratou, é responsável por uma selecção desastrada. Não tem desculpa.
Se a segunda for verdade, o ministério revela a sua real natureza. Tem uma concepção centralizadora e dirigista da educação e da sociedade. Entende sem hesitação gerir directamente milhares de escolas. Considera os professores imbecis e simulados. Pretende que os professores sejam funcionários obedientes e destituídos de personalidade. Está disposto a tudo para estabelecer uma norma burocrática, mais ou menos “taylorista”, mais ou menos militarizada, que dite os comportamentos dos docentes.
O ANO lectivo chega ao fim. Ouvem gritos e suspiros. Do lado, do ministério, festeja-se a “vitória”. Parece que, segundo Walter Lemos, 75 por cento dos professores cumpriram as directivas sobre a avaliação. Outras fontes oficiais dizem que foram 57. Ainda pelas bandas da 5 de Outubro, comemora-se o grande “êxito”: as notas em Matemática e Português nunca foram tão boas. Do lado dos professores, celebra-se também a “vitória”. Nunca se viram manifestações tão grandes. Nunca a mobilização dos professores foi tão impressionante como este ano. Cá fora, na vida e na sociedade, perguntamo-nos: “vitória” de quem? Sobre quê? Contra quem? Esta ideia de que a educação está em guerra e há lugar para vitórias entristece e desmoraliza. Chegou-se a um ponto em que já quase não interessa saber quem tem razão. Todos têm uma parte e todos têm falta de alguma. A situação criada é a de um desastre ecológico. Serão precisos anos ou décadas para reparar os estragos. Só uma nova geração poderá sentir-se em paz consigo, com os outros e com as escolas.
OLHEMOS para as imagens na televisão e nos jornais. Visitemos algumas escolas. Ouçamos os professores. Conversemos com os pais. Falemos com os estudantes. Toda a gente está cansada. A ministra e os dirigentes do ministério também. Os responsáveis governamentais já só têm uma ideia em mente: persistir, mesmo que seja no erro, e esperar sofridamente pelas eleições. Os professores procuram soluções para a desmoralização. Uns pedem a reforma ou tentam mudar de profissão. Outros solicitam transferência para novas escolas, na esperança de que uma mudança qualquer engane a angústia. Há muitos professores para quem o início de um dia de aulas é um momento de pura ansiedade. Foram milhares de horas perdidas em reuniões. Quilómetros de caminho para as manifestações. Dias passados a preencher formulários absurdos. Foram semanas ocupadas a ler directivas e despachos redigidos por déspotas loucos. Pais inquietos, mas sem meios de intervenção, lêem todos os dias notícias sobre as escolas transformadas em terrenos de batalha. Há alunos que ameaçam ou agridem os professores. E há docentes que batem em alunos. Como existem estudantes que gravam ou fotografam as aulas para poderem denunciar o que lá se passa. O ministério fez tudo o que podia para virar a opinião pública contra os professores. Os administradores regionais de educação não distinguem as suas funções das dos informadores. As autarquias deixaram de se preocupar com as escolas dos seus munícipes porque são impotentes: não sabem e não têm meios. Todos estão exaustos. Todos sentem que o ano foi em grande parte perdido. Pior: todos sabem que a escola está, hoje, pior do que há um ano."

Publicada por António Barreto, «Retrato da Semana» - «Público» de 24 de Maio de 2009

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Chocante e tocante…

Amor é acarinhar alguém, seja alguém da família, um amigo, um colega de trabalho, um vizinho…
Esta semana recebi dois e-mails com duas mensagens que versavam exactamente a questão do amor (ou a falta dele) no seio familiar. Anexas a essas mensagens, dois vídeos a apontar para dois momentos da vida particularmente sensíveis… “Um murro no estômago”, vinha escrito numa das mensagens; “A grande lição... por vezes o tempo origina o esquecimento de um passado de ensinamentos!”, vinha escrito na outra mensagem. Vi e reflecti… penso que valeu a pena.
Por favor vejam… penso que vale mesmo a pena!

“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.”
Carlos Drummond de Andrade


sexta-feira, 15 de maio de 2009

Internet... navegar seguro e com honestidade

Esta mensagem é dedicada especialmente aos professores, em particular para o seu exercício profissional.

Celebra-se no próximo dia 17 de Maio (domingo) e por resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, o Dia Mundial da Sociedade da Informação. Porque é importante navegarmos com segurança na Internet e promovermos esta mensagem junto dos nossos alunos, sugiro a consulta e possível utilização de recursos e de actividades disponíveis no Centro de Recursos do sítio http://www.seguranet.pt/. Este espaço disponibiliza, quer ideias, quer “matéria-prima” que pode ser alterada, trabalhada, de forma promover a literacia digital.

Relacionado com este assunto, surgiu hoje a notícia da disponibilização gratuita do Approbo. É uma nova aplicação gratuita que permite detectar plágios em trabalhos académicos. Se alguma frase ou parágrafo de um documento entregue por um aluno constar de alguma página web, este software denuncia imediatamente o plagiador. O funcionamento da aplicação é simples: basta descarregar o Approbo da net, submete-se o documento que se pretende escrutinar e, com um click, em poucos segundos, fica a saber-se se o conteúdo do documento está online – seja em formato Microsoft Office, Adobe Reader ou OpenOffice – e onde é que está. A aplicação disponibiliza ambos os textos – o original e a cópia – no ecrã, para que seja possível perceber a extensão do plágio. A ferramenta utiliza motores de busca para encontrar os pontos de coincidência com o texto original. A partir desse ponto, o Approbo verifica – palavra por palavra – todo o arquivo e mostra-o de forma gráfica, simplificando o trabalho ao utilizador. Esta ferramenta foi idealizada a pensar na comunidade docente, que frequentemente lida com casos de plágio descarado. “Com a Internet, lidamos diariamente com fenómenos de copy-paste e, para isso, precisamos de ferramentas”. “Estamos a favor de que os documentos, quando são bons, se copiem... A única coisa que dizemos é que se citem as fontes”... palavras do responsável da Symmetric, Josep Lluís Manso, empresa espanhola que desenvolveu o software.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Alerta ambiental

Ainda temos dúvidas sobre o aquecimento global e sobre os efeitos que já se fazem sentir? Estamos a hipotecar o futuro... será tarde demais?
Pedirmos aos países que alterem as suas políticas ambientais, torna-se tarefa complicada. Mais simples poderá ser a mudança progressiva das nossas atitudes... e sensibilizarmos quem nos rodeia. É fácil? Claro que não. É possível? Claro que sim... tenhamos nós clara consciência das verdadeiras consequências do aquecimento global.
Deixo-vos dois vídeos de sensibilização. Usem apenas 4 minutos do vosso tempo, mas por favor... vejam.
Um abraço e boas atitudes.




sábado, 2 de maio de 2009

Lição de vida (uma história verdadeira)...

Um dia o filho pergunta ao pai: "Pai, vens correr comigo a maratona?"
O pai responde que sim, e ambos correm a primeira maratona juntos.
Um outro dia, volta a perguntar ao pai se quer voltar a correr a maratona com ele, ao que o pai responde novamente que sim. Correm novamente os dois.
Certo dia, o filho pergunta ao pai: "Pai, queres correr comigo o Ironman? (O Ironman é o mais difícil... exige nadar 4 km, andar de bicicleta 180 km e correr 42 ) E o pai diz que sim. Isto é tudo muito simples... até que se vejam estas imagens... fantástico!
Que grande pai... que grande ser humano... quando se quer verdadeiramente, consegue-se porque o verdadeiro amor não tem fronteiras... este é um exemplo em que muitas das fronteiras foram derrubadas.
O meu muito obrigado pelo exemplo, o meu muito obrigado pela partilha.